sexta-feira, 2 de maio de 2008



Este teu jogo, mais parece vício do que virtude. Fere o corpo para gozar a alma. Saudoso grito, fino e estridente. Sua força não tem significado, tu és fraco!
Não será capaz de agüentar mais um segundo, não finja mais. Meu motivo de escárnio!
Prezado era teu poder
Sangue azul em veias púrpuras
Ou sangue vermelho em veias azuis?
Tua maior dor não era ver, era enxergar
O líquido rubro escorrer ao palpitar
Te maldigo, te esconjuro
Ser impuro e insolente
Corra! Corra mais de mil milhas
Para o meu doce deleite


Minha senhora, minha dona
Não me peça para morrer
Poderás me maldizer
Mas permita-me viver
Mirando tua doce face
Nas brumas do anoitecer


Os teus olhos, a meu ver, já não são mais azuis
Como eram outrora da cor do céu
Límpido e forte, lástima!
Estes, não quero mais por perto.
Teu rosto de comédia, a mim é só tristeza
Saia, meu amado, e nunca mais apareça!




Aziel Guerriz
o pseudônimo da obscuridade

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