domingo, 13 de julho de 2008



Ao despertar


Acalente a chama fumegante
A luz que recebe a morte
Ríspido corpo de interior profano
Levanta-te e cura-te do corte
Usufrua do cálice bento
Acompanhando a melodia do piano


O torniquete resplandecido no horizonte
Chama-te e espera
Flutua e toma a forma divina
No teu pesar, doçura e quimera
Apaga-se, de gáudio, a espessura fina


Desperta-te do escuro infindo
O medo é o fracasso da alma
De brusco ímpeto aja correto
E retorne a deslizar nos becos habitados
Noturno ser de volúpia e calma
O dia, teu inimigo se retorna, Serafim alado


Desperte deste sono incansável
Traga mistério e alucinação
Pois é em forma de poesia
Que o sublime pedido não chega em vão
Volte do profundo, humano sensato
Para a mais gloriosa vida

Que a verdade surgirá de fato.



(Poema antigo, feito a mais de um ano, não tem data certa...)



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