terça-feira, 15 de julho de 2008


Meu doce ser


Suspiros de inverno
Nascem sem querer
Quando tuas mãos cálidas
Tocam-me, meu doce ser


Tua doçura és minha quimera
Que eu cria não existir
Mas em teus beijos vi, não era sonho!
E eu já não preciso mais dormir


Para tê-lo junto a mim, meu doce ser
Meus olhos poderiam se abrir
E teu terno aroma
Nas brumas do anoitecer poderei sentir


As palavras são mudas
Transformam-se em toques divinos
Tua inspiração é o meu viver
E tua expiração é o teu dizer


Suspiros de julho
Florescem sem querer
Onde há o ritmo dos corações
Oh, meu doce ser


Teus olhos são como mistérios de estrelas,
Teus lábios tão belos quanto o Luar iluminado
A noite é a mais bela harmonia
Que só com teu ritmo, suave e encantado
Compõe as mais puras melodias


Tais notas acompanham o canto das fadas,
Que em noturno céu festejam o início d 'alvorada
Na floresta purpúrea, os guardiões encontraram teu olhar
E a mim trouxeram, no fim da noite calada
Para no toque dos teus lábios eu poder te amar.


(Dedico a ti, meu Samael... Que me fazes tão feliz!)



domingo, 13 de julho de 2008



Ao despertar


Acalente a chama fumegante
A luz que recebe a morte
Ríspido corpo de interior profano
Levanta-te e cura-te do corte
Usufrua do cálice bento
Acompanhando a melodia do piano


O torniquete resplandecido no horizonte
Chama-te e espera
Flutua e toma a forma divina
No teu pesar, doçura e quimera
Apaga-se, de gáudio, a espessura fina


Desperta-te do escuro infindo
O medo é o fracasso da alma
De brusco ímpeto aja correto
E retorne a deslizar nos becos habitados
Noturno ser de volúpia e calma
O dia, teu inimigo se retorna, Serafim alado


Desperte deste sono incansável
Traga mistério e alucinação
Pois é em forma de poesia
Que o sublime pedido não chega em vão
Volte do profundo, humano sensato
Para a mais gloriosa vida

Que a verdade surgirá de fato.



(Poema antigo, feito a mais de um ano, não tem data certa...)