sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

ANTOLOGIA REÚNE 53 CONTOS SOBRE VAMPIROS


O Livro Negro dos Vampiros é o mais recente lançamento da Andross Editora. Liz Marins, Octavio Cariello, Helena Gomes e Kizzy Ysatis são alguns dos autores que apresentam seu olhar sobre um dos mitos mais populares da história.

Em todas as culturas, desde a noite dos tempos, existiu algum tipo de vampiro, mas somente a partir do século XVIII o mito adquiriu certa notoriedade na sociedade ocidental ao entrar em contato com a literatura. Seu arquétipo, como conhecemos hoje, foi sendo construído através do no século XIX pelas mãos de diversos escritores.
Mas foi o irlandês Bram Stoker, em 1897, quem compilou todas as experiências literárias anteriores e as misturou com um obscuro personagem histórico, o príncipe Vlad Draculea, da Valáquia. Assim nasceu o romance Dracula, que influenciou tudo que foi produzido posteriormente sobre vampiros, definindo o mito tal qual o conhecemos hoje.
Dracula, e os outros vampiros de modo geral, são criaturas sedutoras, mesmo quando se apresentam na figura esquálida de Nosferatu, imortalizado no cinema pelo ator Max Schreck no auge no cinema expressionista. Encantam não só os incautos personagens que cruzam seus caminhos – em livros, filmes, músicas, quadrinhos, jogos de RPG e em todas as formas de mídia conhecida –, mas também o público, sempre ávido por novos sustos.
Os amantes do gênero ganham, a partir deste mês, um prato cheio para saciar sua sede de sangue: O Livro Negro dos Vampiros (Andross Editora, 288 páginas, R$ 29).
Com lançamento marcado para dia 16 de dezembro, a obra reúne 53 contos de novos autores, selecionados criteriosamente, e também de alguns escritores do gênero exclusivamente convidados para encabeçarem a obra e darem boas-vindas aos estreantes.
A atriz, escritora e cineasta Liz Marins, criadora da personagem Liz Vamp e do Dia dos Vampiros; Octavio Cariello, professor de roteiro e desenho da Quanta Academia e desenhista da versão para os quadrinhos de A Rainha dos Condenados, de Anne Rice; e Kizzy Ysatis, um dos maiores nomes da literatura fantástica nacional da atualidade, autor do premiado Clube dos Imortais – A Nova Quimera dos Vampiros, são alguns deles. Ysatis, inclusive, empresta todo seu conhecimento sobre o assunto no prefácio de O Livro Negro dos Vampiros.
A organização é do escritor Claudio Brites, que analisou pouco mais de 300 contos durante oito meses para chegar aos 53 selecionados. Há autores de vários estados brasileiros e também de Portugal.
Esta é a 14ª antologia que a Andross lança em seus três anos de mercado. Por este sistema, a editora já publicou cerca de 500 autores, de 14 a 68 anos, do ensino médio ao doutorado, amadores e profissionais. Alguns dos que estrearam nas antologias da Andross hoje já têm obras publicadas individualmente por outras editoras, como o próprio Kizzy Ysatis.

TRECHO:
Um vulto negro surgiu por detrás da garota. Em primeiro instante, ela não o percebeu. Uma sombra, que se movimentava sem um ruído sequer, que caminhava como caminha o pensamento – rápido como um instante. Mas então ele a deixou sentir sua presença. Ao notá-lo, não houve temor. Charlotte, que era tão esquiva, estranhou por deixar-se entregar; estranhou ainda mais o fato de que o espelho não denunciara seu visitante inesperado. Não havia reflexo dele. Era como se ela estivesse ainda só. Mas não estava.
“Charlotte e o Espelho”, de Ebbios Traumer


SOBRE A ANDROSS EDITORA:
Com três anos de mercado e 24 títulos publicados, a Andross Editora nasceu no campus da Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, para abrir espaço no mercado aos alunos que não tinham condições de publicar seus primeiros textos.
Iniciou as atividades com obras acadêmicas, mas cresceu e se manteve no mercado graças a um modelo de negócio diferenciado: a publicação de antologias. Até hoje, a editora já lançou 14 livros deste tipo, e está com inscrições abertas para mais três até o final do ano.


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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

NO TEU SONHO, ENCONTRO O MEU

Eu vou invadindo a sua mente. Agora sou incapaz de perdoar. Entro em cada partícula do seu cérebro. O teu rosto está sóbrio, a vaidade te corrompe, você nem imagina o quanto!Continuo, exploro tudo, sofro da gula do saber. Enfim, mergulhadas em profundo medo, encontro suas lembranças, justamente aquelas que eu mais desejava encontrar.

Ah! Como é bom saber! Nasce uma sensação de satisfação e prazer, é como dar uma gargalhada bem gostosa até aliviar o peito. Recordo do pavor que levava nos teus olhos ao descobrir o que eu sou.

Agora o meu orgulho sorri sarcasticamente para o seu. Simplesmente porque ele descobriu o que você ainda quer. Seus desejos obscuros. Exatamente aqueles que você não quer mais relembrar, você insiste em esquecer.

Eu sou a prova, eu vi tudo! Sei que ainda sonha...
Em me tocar, encostar seus lábios nos meus, beijar-me embriagado perdendo os sentidos, enquanto a minha língua acaricia a tua.

Você ainda sonha...
Em deslizar suas mãos por minhas costas lentamente, sentindo o calor em espasmos de volúpia; em me despir contemplando as formas nuas do meu corpo num ritmo delirante que te enfeitiça.

E ainda sonha...
Em jogar-me na cama e beijar-me toda enquanto minhas mãos excitam o teu corpo nu. Sente o desejo de afastar minhas pernas e fazer dos nossos corpos um só, de explorar-me internamente em movimentos diferentes causando delírios de prazer.

Sonha mais ainda...
Em descobrir como eu grito, como sussurro bem baixinho e qual o som dos meus suspiros na hora da junção; e como se faz mulher aquela menina que um dia te encantou...Que de dor e de prazer te entregaste toda a alma, todo o corpo e toda a vida.

Mas agora já não importa sentimentos ou desprezos já que são somente sonhos teus, mas que pecado relevante.

Já não ama, já não sente...
Você só queria ter em mente a lembrança mais presente e sentir, descobrindo enfim, como são os toques meus.

Enquanto eu rio disso tudo, faz-se tarde o tempo.
Deleitaria do teu corpo, sentiria mil prazeres contigo e depois, com mordidas excitantes, beberia todo o teu sangue até não restar uma só gota e faria questão de jamais despertar-te. (Ini) Amigo meu.
Grazi Ruiz.