sexta-feira, 24 de agosto de 2007

De uma esperança não resta outra...
Sonhos, oh sonhos!

Uma batalha interna, razão e emoção, ambos armados o primeiro de azul e o segundo de vermelho, uma explosão púrpura e violenta.
É aí que o coração dói, e às vezes a mente.

A inspiração a muito me foge, as palavras correm e eu apenas escrevo o que vem em mente. O sol bate contra o papel e em meu rosto que mantenho abaixado para conseguir enxergar direito. Pessoas conversam coisas sem sentido, ou talvez para eles tenha algum sentido. Uma simples aula de Educação Física, um simples passar do tempo. Agora, é como se todos estivessem sumido, é como se apenas existisse eu e a folha de papel sem máculas, apenas com as letras, num outro plano flutuante e incolor, só vejo minhas unhas azul-escuras brilhantes e afiadas.

Alguém chegou e o transe se quebrou. Oh! Como isso é exatamente incomodável nessa situação.

Falam comigo? – Ocupada – Por que há pessoas que não pertencem à minha sala aqui? Intrusos ou convidados? Eis aí a questão, alguns entram no coração porque são convidados e outros simplesmente o invadem cuidando ou ferindo-o. Mas ainda há aqueles que conseguimos expulsar, assim como o Serafim tem o dom de afastar o vampiro de sua família se assim você quiser.

O sol realmente está incomodando e as palavras estão se tornando cansativas e repetidas.

A blusa preta esquenta, parece queimar. A bola de futebol se aproxima e alguém corre para buscá-la.

Agora eu me pergunto... Por que correr tão desesperadamente atrás de uma bola? Refúgio ou conforto? Só se for o conforto da alma para se refugiar de algo ou por prazer, um prazer estranho que não me atrai e com certeza também não atrai a muitos.

Eu preciso fazer uma redação de Português, é isso!

O plano incolor, as unhas azuis brilhantes, a blusa preta quentíssima, a bola e as pessoas, tudo deixa de existir e o que sobra? Um plano incolor e invisível? Mas isso também se extinguiu, você conseguiria ajudar-me se estivesse aqui lendo essas palavras neste exato momento? Conseguiria me dizer o que resta se nem o invisível já restou? Onde você está, onde você realmente está?

Pense nisso, e onde você estiver, aproveite o máximo que puder.

Agora, irei à redação.


Grazi. (8:00h AM).